top of page
Buscar

A Circuncisão: Entenda o Procedimento, Benefícios e Mitos

A circuncisão, um procedimento que remove o prepúcio do pénis, é algo que levanta muitas dúvidas. Seja por razões religiosas, culturais ou de saúde, a prática tem uma longa história e é realizada em várias partes do mundo. Mas o que sabemos realmente sobre ela? Neste artigo, vamos desmistificar a circuncisão, apresentando factos, benefícios e esclarecendo alguns mitos comuns que envolvem este procedimento.

Pontos Chave

  • A circuncisão é a remoção cirúrgica do prepúcio, a pele que cobre a glande do pénis, realizada por motivos médicos, religiosos, culturais ou pessoais.

  • Existem benefícios comprovados para a saúde, como a redução do risco de infeções urinárias, de algumas IST (incluindo VIH) e de certos problemas penianos como a fimose.

  • Mitos comuns sugerem que a circuncisão prejudica a função sexual ou que é exclusivamente religiosa, mas estudos indicam que não há impacto negativo na função sexual e que a prática ocorre por diversas razões, não apenas religiosas.

O que é a circuncisão e suas origens

A circuncisão, também conhecida como postectomia, é um procedimento cirúrgico que consiste na remoção do prepúcio, a dobra de pele que cobre a cabeça do pénis. É uma prática antiga, realizada há milhares de anos, e que transporta consigo uma forte bagagem cultural e religiosa.

Fatos Além dos Mitos Populares

Muitas pessoas associam a circuncisão apenas a questões religiosas, mas a verdade é que vai muito além disso. Historicamente, em diversas sociedades, era vista como um rito de passagem, um símbolo de amadurecimento e de transição para a vida adulta. Em alguns locais, ainda hoje é considerada uma norma social ou até mesmo estética.

O procedimento é considerado simples e pode ser realizado tanto em recém-nascidos como em adultos. A recuperação e os cuidados pós-operatórios variam consoante a idade, mas o essencial é que seja feito por um profissional qualificado.

É fundamental separar factos de mitos para tomar uma decisão consciente. Conhecer as razões pelas quais esta prática existe e como é vista em diferentes contextos ajuda a compreender melhor o tema.

Raízes Culturais e Religiosas

A circuncisão tem um papel central em religiões como o Judaísmo e o Islão. Nesses contextos, é vista como um mandamento divino, um ato de fé e purificação. Para os judeus, por exemplo, trata-se de um ritual realizado nos primeiros dias de vida do menino, conduzido por um profissional treinado chamado mohel. No Islão, é também uma prática comum, vista como forma de manter a pureza e seguir a tradição.

Fora do âmbito religioso, a circuncisão espalhou-se por outras culturas. Nos Estados Unidos, por exemplo, é prática corrente em muitos bebés, independentemente da religião dos pais. A Nigéria e as Filipinas são outros exemplos de países onde a maioria dos homens passa pelo procedimento. Esta disseminação demonstra como a prática se adaptou e adquiriu significados distintos ao longo do tempo e em diferentes partes do mundo.

A decisão de realizar a circuncisão, seja por motivos religiosos, culturais ou de saúde, é uma escolha pessoal e deve ser baseada em informações claras e confiáveis.

Benefícios Comprovados e Considerações Médicas

Quando se pensa em circuncisão, é natural surgirem dúvidas sobre os seus reais benefícios e fundamentos médicos. Não é um procedimento isento de consequências, e é importante compreender o que a ciência diz a seu respeito.

Redução de Riscos de Infecções e Doenças

A circuncisão pode trazer vantagens significativas na prevenção de certas condições de saúde. Estudos indicam que homens circuncidados têm menor incidência de infeções do trato urinário (ITU), sobretudo nos primeiros anos de vida. Isto acontece porque a remoção do prepúcio dificulta a proliferação de bactérias.

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) refere que a circuncisão pode reduzir o risco de contrair algumas infeções sexualmente transmissíveis (IST), como o VIH, em determinados contextos, principalmente em relações heterossexuais. A higiene é também um argumento frequente, já que a ausência do prepúcio facilita a limpeza da glande.

É importante sublinhar que, embora a circuncisão ofereça alguma proteção contra IST, não substitui outras medidas preventivas, como o uso de preservativo.

Indicações Médicas e Tratamento de Condições

Existem situações em que a circuncisão é recomendada por motivos clínicos. A fimose, quando o prepúcio não consegue ser retraído sobre a glande, pode causar dor, dificultar a higiene e originar infeções recorrentes. Outra condição é a parafimose, em que o prepúcio retraído fica preso atrás da glande e não regressa à posição normal, constituindo uma emergência médica.

A balanite (inflamação da glande) e a balanopostite (inflamação da glande e do prepúcio) podem também justificar a realização do procedimento, sobretudo se forem recorrentes e resistentes a outros tratamentos.

A decisão deve sempre ser tomada em conjunto com um profissional de saúde qualificado, que avalie riscos e benefícios para cada caso.

Desmistificar a circuncisão: mitos e verdades

É frequente que a circuncisão esteja rodeada de crenças populares que nem sempre correspondem à realidade.


Impacto na Função Sexual e Prazer

Um dos mitos mais persistentes é o de que a circuncisão prejudica a função sexual ou diminui o prazer. Contudo, estudos científicos não confirmam essa ideia. Pesquisas, como as realizadas na Universidade Johns Hopkins, indicam que a circuncisão não compromete o desempenho sexual nem a capacidade de sentir prazer. Embora a sensibilidade possa ser diferente em comparação com um pénis não circuncidado, muitos homens circuncidados relatam uma vida sexual plena e satisfatória.

A ideia de que a circuncisão causa infertilidade é também um mito. O procedimento não afeta a capacidade reprodutiva, já que a remoção do prepúcio não interfere com os órgãos responsáveis pela fertilidade.

É fundamental basear decisões sobre a circuncisão em informações precisas e conversas abertas com profissionais de saúde. Eles podem oferecer uma perspectiva médica sobre os benefícios e riscos, ajudando a desmistificar o procedimento e a tomar a melhor escolha para cada indivíduo ou família. Descubra mais sobre este tema e tire as suas dúvidas no nosso site!

Para Refletir: A Decisão Informada Sobre a Circuncisão

Não existe uma resposta única que sirva a todos. Trata-se de um procedimento com história, razões que vão do religioso ao médico e que, de facto, apresenta alguns benefícios comprovados, como a redução de certas infeções. Mas também envolve riscos, como qualquer cirurgia.

O mais importante é que a decisão seja pessoal, ou dos pais, e baseada em informação correta, não em mitos. Conversar com um médico, ponderar prós e contras para cada caso específico, é o caminho mais adequado. No fim, o que conta é o bem-estar e a escolha consciente

Perguntas Frequentes

O que é a circuncisão e por que ela é feita?

A circuncisão é um procedimento médico que remove a pele que cobre a ponta do pénis, chamada prepúcio. Muitas vezes é realizada em bebés por motivos religiosos ou culturais, mas também pode ser feita por razões médicas, como no caso da fimose.

A circuncisão prejudica a vida sexual ou o prazer?

Não existem provas científicas de que a circuncisão afete negativamente o prazer ou o desempenho sexual. Alguns homens podem notar diferenças na sensibilidade, mas isso não significa que a vida sexual seja prejudicada.

Quais são os benefícios da circuncisão para a saúde?

A circuncisão pode reduzir o risco de infeções urinárias em bebés, diminuir a probabilidade de contrair algumas IST, como o VIH, e ajudar a prevenir inflamações ou, em casos raros, cancro do pénis. Para além disso, facilita a higiene íntima.

 
 
 

Comentários


bottom of page